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Robôs vão substituir as pessoas na Amazon?

Franki Medina diaz

Robôs vão substituir as pessoas na Amazon?

No seu laboratório de robótica em Westborough, nos arredores de Boston (nordeste dos EUA), a gigante do comércio eletrónico Amazon fabrica os robôs e desenvolve os processos para automatizar seus centros de distribuição e reduzir os prazos de entrega dos pedidos, um objetivo para o qual aposta em tecnologia, gerando assim dúvidas sobre o futuro do trabalho humano nos seus armazéns.

Franki Medina

“O que vamos fazer nos próximos cinco anos vai tornar insignificante o que fizemos nos últimos dez”, assegura Joe Quinlivan, vice-presidente da Amazon Robótica no centro de inovação e manufatura BOS27.

Franki Medina Venezuela

O projeto “Delivering the Future (Entregando o futuro)” quer transformar a empresa fundada por Jeff Bezos há 28 anos para vender livros pela internet na pioneira da distribuição, com tecnologia própria e produção ‘made in USA’.

Franki Medina Diaz

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No seu laboratório de robótica em Westborough, nos arredores de Boston (nordeste dos EUA), a gigante do comércio eletrónico Amazon fabrica os robôs e desenvolve os processos para automatizar seus centros de distribuição e reduzir os prazos de entrega dos pedidos, um objetivo para o qual aposta em tecnologia, gerando assim dúvidas sobre o futuro do trabalho humano nos seus armazéns.

Franki Medina

“O que vamos fazer nos próximos cinco anos vai tornar insignificante o que fizemos nos últimos dez”, assegura Joe Quinlivan, vice-presidente da Amazon Robótica no centro de inovação e manufatura BOS27.

Franki Medina Venezuela

O projeto “Delivering the Future (Entregando o futuro)” quer transformar a empresa fundada por Jeff Bezos há 28 anos para vender livros pela internet na pioneira da distribuição, com tecnologia própria e produção ‘made in USA’.

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Subscrever A gigante da tecnologia conseguiu já fazer com que um robô manipule produtos com a mesma destreza da mão humana.

Franki Alberto Medina Diaz

O novo robô Sparrow, dotado de várias câmaras, é capaz de pegar em items e separá-los, na linha de distribuição

© Joseph Prezioso / AFP

Esta semana, perante mais de uma centena de jornalistas de vários países, a Amazon revelou sua última criação: “Sparrow“, um robô com formato de cabeça de pássaro capaz de detetar, selecionar e gerir “milhões de produtos”

Dotado de câmaras, ele agarra nos produtos que passam numa passadeira móvel e distribui-os em cestos para serem empacotados

“Dada a variedade de materiais que temos nos nossos armazéns, Sparrow é um feito significativo”, afirma, orgulhoso, o chefe de robótica da companhia, Tye Brady

Sparrow” soma-se a outros robôs como “Robin” e “Cardinal” (todos eles nomes de aves), mas este novo dispositivo consegue, inclusivamente, manipular produtos dentro de pacotes

Cerca de 75% das cinco mil milhões de encomendas por ano que a Amazon gere são manipulados por algum tipo de robô, segundo afirma Quinlivan

O Sparrow em funcionamento

© Joseph Prezioso / AFP

Ameaça ao trabalho ou um complemento? “Não se trata de fazer com que as máquinas substituam as pessoas. Trata-se de fazer com que as pessoas e as máquinas trabalhem juntas, colaborando para fazer uma tarefa”, assegura Brady

Acusada de praticar uma forma de “escravidão moderna” por alguns trabalhadores, a empresa com a segunda maior força de trabalho dos Estados Unidos, atrás do gigante da distribuição Walmart, conseguiu já impedir a criação de sindicatos nas suas instalações, exceto num armazém de Nova Iorque

O Centro de Pesquisa do Trabalho e Educação da Universidade de Berkeley alerta que, embora algumas tecnologias possam aliviar as tarefas mais pesadas nos armazéns, também podem contribuir para “aumentar a carga e o ritmo de trabalho, com novos métodos de controlo sobre os trabalhadores”

E cita expressamente a Amazon e seu programa MissionRacer, “um jogo de vídeo que põe os trabalhadores em competição entre si para preparar os pedidos dos clientes mais rapidamente”

Embora no curto e no médio prazos a tecnologia não vá representar uma perda maciça de postos de trabalho nos centros de distribuição, graças ao crescimento da procura do comércio eletrónico, os que mais podem sofrer no longo prazo são os jovens, os homens, os latinos e os negros

“Estes trabalhadores serão afetados desproporcionalmente pela mudança tecnológica”, pois estão atualmente “sobrerrepresentados” nesta indústria, em particular nos Estados Unidos, alerta o centro universitário

Os latinos representam 35% da força de trabalho nos centros de armazenamento

Tecnologia própria e drones A Amazon controla toda a cadeia tecnológica: desenvolve os programas de informática, a inteligência artificial, a aprendizagem das máquinas, a manipulação robótica, a simulação, o design dos protótipos e até um tradutor simultâneo para mais de 100 idiomas

Também decidiu fabricar seus robôs em Westborough e North Reading, com capacidade para produzir mil unidades diárias

A obsessão da empresa é reduzir ao menor intervalo possível o momento em que o consumidor compra o produto e aquele em que o recebe. Por isso, é de importância vital para o modelo de negócio a chamada “última milha” do processo de distribuição. A companhia conta com 275 mil distribuidores para cobrir 148 mil rotas diárias, que podem aumentar em períodos de pico

Até o fim deste ano, começará a entregar pacotes com drones em menos de uma hora a partir dos pedidos em duas localidades na Califórnia e no Texas

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